Como é que para falar do 25 de Abril eu vou para 24?

(Pacheco Pereira, in Público, 25/05/2024)

Presos Políticos, gravura de José Dias Coelho

Uso um artifício, mais ou menos cénico, mas tão verdadeiro que se percebe pelo silêncio que resulta.


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Eu tenho andado de escola em escola em escola, por todo o país, a falar do 25 de Abril, por iniciativa do Arquivo Ephemera. Nas escolas secundárias encontra-se talvez o público mais difícil que se pode ter nestes dias de 2024, adolescentes muito mais interessados no telemóvel ou em troca de gracinhas com o outro/a adolescente ao lado. Uns são de turmas mais novas, dos primeiros anos, outros são do 11.º e 12 .º ano, mais velhos, mas ainda completa e absolutamente adolescentes, estado em que, tudo indica, hoje se fica muitos anos.

Nestes públicos a grande diferença vem dos locais e das escolas, e é a óbvia diferença social. Não é a mesma coisa falar numa escola da Moita ou num colégio católico de Lisboa, basta olhar ou fazer uma pergunta qualquer. A que costumo fazer é quem leu a Alice no País das Maravilhas. Nos subúrbios de Lisboa, a norte ou a sul do Tejo, um ou dois ou leram ou sabem o que é, num colégio “fino”, dez ou 12. Estamos a falar de assistências entre 80 e 300 alunos, mas a percentagem de respostas não tem a ver com o número de presentes, mas com as condições sociais e já testei esta questão a milhares. Pode não ser a melhor pergunta, mas resulta. A pergunta é, aliás, desnecessária, porque basta olhar para as salas cheias e ver a sua composição, roupa, postura e compostura, fala ou silêncio, maneira de sentar, os que estão à frente e os que querem ir para trás e o estado geral de sonolência ou de interesse à partida.

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Salvo raras excepções, os alunos estão lá por obrigação, não têm outro remédio senão ir como se fossem para uma aula. As escolas estão cheias de desenhos, instalações, frases, cartazes sobre o 25 de Abril e percebe-se o esforço dos professores para dar sentido a uma data em que muitos deles ainda não eram nascidos, mas apanharam o “vento” da revolução nos seus primeiros anos. Os alunos nem “vento” nem brisa, para eles cabe bem a frase “o passado é um país estrangeiro”. A minha função é completar a frase de L. P. Hartley, explicando-lhes que “lá as coisas faziam-se de forma diferente”.

O “lá” é o 24 de Abril de 1974 e não o 25, porque falar da força e valor da liberdade a quem sempre a teve não é fácil. Para eles, a liberdade é como o ar que se respira e, como não têm falta de ar, não dão por ela.

Uso então um artifício, mais ou menos cénico, mas tão verdadeiro que se percebe pelo silêncio que resulta. Peço um voluntário “para ser torturado” e, passado o espanto inicial e ultrapassada a diferença entre estar com gracinhas e levantar-se e dizer “vou eu”, lá aparece um mais afoito empurrado pelos colegas do lado, aquele a que a riqueza vocabular do português, em risco nos dias de hoje, chama “reguila”.

Coloco-o ao meu lado e mando-o encostar os pés, como se fosse uma “estátua”, o nome técnico da tortura a que o vou sujeitar. Explico-lhe que à frente tem uma secretária e um inspector que o interroga e atrás dois agentes da PIDE um de cada lado. Nem sempre era esta a configuração, mas não se afasta do essencial. As faces à minha frente perguntam em silêncio, mas como é que isso é tortura? E eu respondo: “Aqui o Rafael (o meu último torturado de há dois dias) vai ficar assim uma hora, duas horas, seis, um dia, dois dias, quatro dias, até ‘falar’ ou a PIDE desistir.”

Não é preciso explicar muito mais, nem ir aos detalhes, nem falar de grandes espancamentos, eles percebem muito bem o que acontece, nem querem saber se o homem ou a mulher estava algemado. Percebem também muito bem o que faziam os agentes atrás, sabem que eles se revezam e que o preso que estava ao lado seria espancado se se tentasse sentar. Sabem também que esses “pides” vão voltar para suas casas, comer a comida que as mulheres lhes fizeram, brincar com os filhos, ver o jogo na televisão e, se regressarem ao serviço na manhã seguinte, podem perguntar: “Então o tipo já falou ou vou ter que ir lá para cima pô-lo na ordem?…”

Não é preciso dizer mais nada, o 24 de Abril está explicado e o 25 de Abril também.

Quando mando voltar ao seu lugar, o Rafael (o meu último torturado) e todos os outros param de ser “reguilas”, há uma certa gravidade que se instala e tenho a presunção de que o grau de adolescência natural diminui para incluir um maior respeito pela coragem, uma maior atenção à liberdade, um repúdio pela violência da ditadura, um asco ao inspector e aos agentes na sala que só faz bem ter. Ontem e hoje.

O autor é colunista do PÚBLICO


7 pensamentos sobre “Como é que para falar do 25 de Abril eu vou para 24?

  1. Pacheco! Pacheco!! Ver a página biográfica sobre ele na wikipedia.

    Relatório da Comissão de Averiguação de violências sobre presos sujeitos às autoridades militares (Julho 1976):
    https://www.arquivo.presidencia.pt/viewer?id=989&FileID=302741&recordType=Description

    Podem ler descansados e fazer o ‘download’ das 144 páginas:
    https://sicnoticias.pt/pais/2021-03-03-Presidencia-retira-classificacao-de-secreto-ao-Relatorio-das-Sevicias

    • Justo que reclamem, torturas seja em todo o momento elas existam. Estranho que não forma suficientes, para que temendo, os PIDES tivessem fugido e não mais se soube deles. É possível que esses que reclamaram, estivessem, distraídos durante os 50 anos e não percebessem bem o que efectivamente se sofria, antes deles darem conta.

  2. Vou falar o que penso!

    “Educação”: depende do curso, do nível, do currículo e das redes. Se não se tem jeito para os negócios ou um talento especial, uma formação bem escolhida é sem dúvida uma mais-valia num mundo em convulsão.

    No passado, os estudos permitiam à criança situar-se na sua história, saber de onde vinha e compreender o seu ambiente.
    A criança era educada e tornava-se progressivamente um homem capaz de evoluir na sociedade.
    Uma educação submetida às necessidades da economia do momento só serve os interesses dessa economia, produzindo robots sem cérebro, escravos e consumidores.

    Há tanto para dizer! Será que uma formação que pode ajudar a ganhar a vida no contexto económico do presente e do futuro a médio prazo? Será que um doutoramento com uma tese sobre a grandeza e a decadência do 25 de abril, num dia de chuva, conduz a uma avalanche de ofertas de emprego (não se riam, estamos quase lá, tenho exemplos)? Será que “fazer um favor a “si” próprio escolhendo estudar uma actividade inútil” deve prevalecer sobre um emprego onde há falta de mão de obra? Pensar a vida apenas em termos de modelos matemáticos garante um futuro sereno? e sobretudo, estão preparados para esforços longos, lentos e contínuos? Somos o país onde com 40 alunos por turma obtinham bons resultados, com 23 agora somos quase os últimos do mundo ocidental, os professores continuam a ser os “pretos” da república ou ectoplasmas militantes wokistas .

    Não é nada de novo, sou alguns anos mais novo do alguns comentam aqui e, nos anos 80 e 90, já havia uma série de estudos secundários.

    Quer se tratasse de design de moda ou de história da arte, nunca ninguém conseguiu arranjar emprego. Hoje em dia, pode juntar-se a isso uma disciplina da moda: sociologia, para estudantes com cabelo azul e sapatos malcheirosos …

    Os estudos são inúteis?
    Na verdade, não, abrem a mente, ensinam a trabalhar, fazem o cérebro funcionar, despertam, criam encontros…

    Há muita gente “brilhante” sem um diploma…

    Um diploma deveria ser tão discreto quanto o sigilo médico…

    Demasiada vaidade,muita treta muitas vezes para tanta burrice….

    Quando entro numa cãmara municipal, só tenho que falar com doutores sem curso,a maioria licenciada,alguma coisa está errada neste país.

    O mundo que conhecemos nos últimos 50 anos vai morrer…

    Uma vez que a maioria dos nossos jovens optou por cursos inúteis, o seu rendimento diluir-se-á entre os outros e, por conseguinte, diminuirá inevitavelmente.
    Assim, tal como as nossas “elites” da NOM gostariam,
    haverá gestores e inúteis = regresso à “escravatura” ou, pelo menos, a uma sociedade desumanamente desigual.

    Será que acreditámos realmente que todos estes jovens iriam fazer estudos brilhantes que os conduziriam a um trabalho gratificante e remunerado? Desculpem, mas duvido muito. O nível de educação baixou tanto que um jovem que sai do último ano do ensino secundário já não sabe muito sobre muitas coisas, e já para não falar da forma como se exprime, que prova que nem sequer sabe o básico da sua língua materna…( como eu,mas eu sou pescador e tenho o 6° ano,e vem daí alguns coices)

    E sim, o nosso país (um conceito que já se extraviou muito) precisará sempre de “trabalhadores manuais” em oposição aos “intelectuais”, e uma coisa não é mais humilhante do que a outra, muito pelo contrário.
    Se todos os pais tivessem a inteligência de se perguntarem “o que é que convém ao meu filho (filha)” e “o que é que ele (ela) é capaz de fazer?”, as coisas poderiam correr melhor.

    Não só os jovens (a partir dos 14/16 anos) que devem penasr sobre a carreira a seguir, como também se devem interrogar sobre o percurso profissional a seguir:

    1- Uma profissão que seja resistente às crises e ao avanço da inteligência artificial.
    2- Uma profissão em que têm hipóteses de se destacarem.
    3- Uma carreira de que gostem, se não mesmo que amem, e que coincida com o estilo de vida que desejam.

    Os pais, por outro lado, podem perguntar-se qual é o objetivo da ESCOLA!
    Tantas horas passadas pelas crianças durante a sua juventude, sentadas passivamente, aprendendo apenas uma ninharia de conhecimentos na maior parte das vezes.

    Desde Cavaco ou se é estudante ou se está à procura de emprego.

    Mas ser estudante é um estatuto de pleno direito, com as suas próprias vantagens sociais.

    Um erro de cálculo por parte de um agente económico, mas que dura enquanto dura.

    Em suma, uma fábrica de desempregados com efeito retardado!

    Com um tal nível de inépcia geral e reformas que são o oposto do objetivo declarado, não é possível que a incompetência da nossa classe dirigente seja a única razão.

    Uma ideologia dogmática deve estar à espreita, a ponto de promover acções que só vão no sentido da destruição da educação.

    Um povo que não consegue formular uma opinião ou um sentimento, por falta de vocabulário, e que não aprendeu a estruturar o seu pensamento para defender os seus interesses, ou definir e propor um projeto, é um povo destinado à mais perfeita submissão.

    Isso deixa um espaço claro e sem oposição para a classe burguesa que tem os meios financeiros para oferecer aos seus filhos uma educação digna desse nome.

    Portanto, não, em matéria de educação como em tudo o resto, não acho que os nossos dirigentes sejam incompetentes. Longe disso.

    Na prática, a proporção de “proletários” no ensino superior é ridícula, e já o era há 50 anos. todos os números estão publicados.
    Além disso, os pobres encontram-se na universidade ou nos cursos científicos e técnicos, que não são demasiado caros (e podem ser muito rentáveis). A família tem ainda de ser capaz de se manter,
    quando se trata da barreira do dinheiro está lá para criar um sentido de interesse próprio.

    “Estamos no meio de uma sociedade de castas”.

    Não há nada de surpreendente num regresso ao passado baseado no sistema de castas….

    Arruinaram o sistema educativo Português… mas os estudos nos EUA e no Reino Unido não valem nada (em termos de conhecimentos, mas não em termos de custos!!)

    Já não são capazes de formar engenheiros (não há armas hipersónicas nem novos lançadores intercontinentais, não há marinheiros qualificados para os navios da marinha britânica, problemas na Boeing, já não sabem fazer centrais nucleares, etc.).

    A Índia, Russia,a China e a Europa de Leste serão os próximos destinos dos estudos.

    A minha filha estudou com muitos estudantes americanos,alemães,chineses, Russos, etc,etc,e falava que não havia estudantes mais inteligentes do que os Russos ,sobretudo em matemática, e na área digital, até pediu ajuda alguns deles que foram muito simpáticos.

    O elevador social está bloqueado ao nível do chão, alguém vandalizou a caixa de fusíveis…

    O problema em Portugal é a “tirania da formação inicial”, o filtro da grelha salarial dos grandes grupos, que o retém para o resto da vida.

    Para o mesmo trabalho, com exatamente as mesmas responsabilidades, um diploma melhor (no papel) dá-lhe um salário melhor.

    Como diz Paulo Coelho em O Alquimista: “Uma busca começa sempre com a sorte de principiante. E termina sempre com o teste do conquistador”.

    No que diz respeito aos médicos, há muito a dizer… não haveria tanta falta de médicos se, à semelhança da Índia, da China e dos Estados Unidos, aceitássemos utilizar as IA…
    O que posso dizer sobre o desempenho… é espantoso!
    Os médicos estão conscientes disso e têm relutância em pedir mais…

    As “cabeças pensantes” do sistema educativo continuam a pensar que todos os Portugueses são capazes das necessidades básicas da população: um canalizador,ou pescador é tão importante, se não mais útil, do que um doutor em medicina.
    Custos elevados, desilusão ainda maior para os “diplomados” que não encontram emprego… e uma série de outras desvantagens… não é assim que se dá a volta ao país, a espiral descendente continua. É triste…
    Muito teria a dizer sobre este assunto,mas vou ficar por aqui!

  3. Efectivamente falhamos em explicar as novas gerações o que foi o 24 de Abril.
    Explicar o que era isso de comer meia sardinha ou passar o Inverno a papas de milho. O que era isso de os pais não terem trabalho todo o ano e não terem direito a nada nesse tempo. Nas zonas piscatórias, os meses do “defeso” eram tempos de fome absoluta. Nós campos eram as pausas nos trabalhos agrícolas que condenava os jornaleiros e suas famílias a fome. Convinha mesmo explicar o que era passar fome e poder ser preso por dizer que a vida estava cara.
    O que era fazer a quarta classe ou nem sequer ir a escola.
    O que era ir trabalhar para o campo assim que se podia com uma enxada. Ter 10 anos so e já ir trabalhar. Trabalhar nas fábricas e nos campos e muitas vezes nem ir a escola. “O Salazar queria me a guardar cabras e não na escola”. Foi a resposta desolada dada por um idoso quando o funcionário de um serviço público lhe pediu para assinar um requerimento que tinha sido o próprio a fazer por ver que o velho homem não seria capaz de o fazer. Mas pensava que o desventurado saberia pelo menos assinar o nome.
    Não sabia.
    De resto não me parece que o ensino de outro tempo fosse melhor que hoje. A esmagadora maioria ficava pela quarta classe tendo acumulado a custa de porrada um vasto cabedal de conhecimentos que não interessam nem ao menino Jesus.
    De que servia saberem todas as terras por onde passavam os comboios? Estariam os pobres moços a estudar para revisores de comboio?
    De que servia saber recitar de enfiada os reis de Portugal e respectivos cognomes?
    Sérvia para apanharem forte e feio no focinho e chegarem a quarta classe a deitar a escola pelos olhos. Quantos conheci que me falaram no alívio que sentiram quando finalmente fizeram a quarta classe. Estavam fartos de que lhes “chegassem a roupa ao pelo”.
    Assim ninguém se sentia frustrado por não continuar a estudar, por não poder nunca ter a vida desafogada que viam os “doutores” ter. Por so os filhos da meia dúzia de famílias ricas da terra poderem continuar a estudar.
    Na educação nunca houve idades de ouro.
    Também se devia falar aos meninos na licença de isqueiro, no poder ser preso por dar um beijo na boca a namorada, no ter direito a uma carecada a Auschwitz caso apresentasse um cabelo um pouco mais comprido.
    Explicar as meninas que se quisessem ser professoras teriam de desencantar, muitas vezes em terras de miséria, quem ganhasse mais que elas é pedir autorização ao ministro acompanhada de recibos de vencimento do candidato a marido. O que significava que muitas não casavam.
    E sim, deviasse levar os meninos a Peniche tal como se levavam ao Santuário de Fátima.
    Nunca houve idades de ouro mas se tivesse sido explicado o que foi essa idade de chumbo talvez hoje não houvesse tanto jovem a votar no Chega ou a embarcar em Grupo 1143.

  4. Por acaso assiste a uma destas sessões de PP na EB2/3 de Monforte : um desastre ! Não perceber isso, como aqui deixa demonstrado, épura falta de noção .

  5. https://www.pordata.pt/db/portugal/ambiente+de+consulta/tabela

    Taxa de analfabetismo em Portugal:
    1970 = 25,7%
    1981 = 18,6%
    1991 = 11%
    2001 = 9%
    2011 = 5,2%
    2021 = 3,1%.

    Provavelmente os valores actuais já não são estes em 2024.
    A Ditadura Sanitária do PS deve ter conseguido limpar este resquício do passado, que ainda estava nos Censos em 2021. Daí que o PS tenha sido brindado com a maioria (ditadura) absoluta.
    Quando o Ditador Costa proveitando um incidente, se pôs ao fresco, as carpideiras por aqui e não só, choraram baba e ranho.
    Outros ficaram, para reconhecerem o Estado da Palestina. Cada Povo tem os chuchas que merece.

    https://www.pordata.pt/portugal/mandatos+nas+eleicoes+para+a+assembleia+da+republica+total+e+por+partido+politico-2257-179039

    Agora comparemos com o números de lugares ocupados pelo PCP na AR:
    1975 = 30
    1985 = 29
    1995 = 15
    2005 = 10
    2015 = 6
    2025 = 4 (se não houver eleições até lá, senão …)

    Conclusão:
    Antes analfabetos!!! 😁
    Sempre votavam “útil” (útil para quem, nunca percebi). Assim aprenderam a ler, a escrever, todos têm acesso a um télélé, estão nas redes “sociais”, lêem e decidem por si. Vai daí, passam de bons eleitores a maus eleitores e são brindados com os epítetos do costume, que a raiva não consegue silenciar: analfabetos! burros! fascistas! …

    Parece que a táctica do insulto a tudo e a todos está correcta, por isso, nada de fazerem alterações. Continuem com a k7, continuem de cabeça no buraco, alheios ao que vos rodeia, continuem a responder com conversa de sarjeta, se o assunto não for a vossa “verdade”, insultem muito, mas mesmo muito, vão ver que acabarão por ter razão.

    Tentem uma vez, uma vez que seja, em vez de vomitarem garrafões de vinagre, apresentarem uma solução, proporem uma ideia, com os seus prós e contras, uma vez só.

    Na Região Autónoma da Madeira a esquerda-tradicional (pcp) e a esquerda-caviar (be) perderam 1460 e 1124 votos, que somados davam para eleger mais um deputado ao partido dos animais.

    Acham estes putativos esquerdistas, que aquilo que escrevem, é um bom serviço que prestam à esquerda. Calados, eram perfeitos poetas, assim uma espécie de Melhoral, não faziam bem, nem mal.

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